Currículo

terça-feira, 8 de abril de 2008

Falando da Imortalidade da Consciência



Falando de Imortalidade da Consciência











Por Wagner Borges -


Meus amigos de jornada espiritual,Aqui estamos nós, mais uma vez reunidos em torno dos ideais espirituais, como co-participantes dos mesmos objetivos conscienciais.


Hoje é feriado do dia de finados, mas aqui ninguém veio falar de cemitério ou de algum tipo de fim.Em lugar de deixarmos flores secando por cima de alguma tumba, nós acendemos nossos chacras** como flores espirituais e pulsamos neles a luz da vida.


Não, não há ladainhas ou lamúrias por aqui. Pelo contrário, preferimos rir com os nossos amigos, da terra e do astral.

Morte?

Coisa nenhuma!

Nós estamos aqui pela vida, que é a mesma em todos os planos de manifestação.

Dentro ou fora do corpo, somos sempre nós mesmos.

Na verdade, não existe o dia de finados. Existe, sim, o dia dos vivos, que é todo dia, inclusive hoje.Estamos aqui, mas não estamos sozinhos. Outras consciências, sediadas em níveis extrafísicos, também vieram se juntar a nós, nos mesmos objetivos sadios.


Muitos os chamam de mentores espirituais ou benfeitores extrafísicos, ou mesmo de amparadores ou protetores astrais***.Mas, aqui e agora, o meu coração os chama de amigos espirituais.

E eles não são desta ou daquela doutrina criada pelos homens da terra.

São amigos de todos e ajudam, invisivelmente, de forma incondicional, por obra e graça de um amor profundo.

Eles sempre falam do Grande Espírito, fonte de toda vida, e é por Ele que trabalham em prol do bem comum.São eles que nos dizem, e provam, por sua presença sutil, que a vida prossegue além da ilusão da morte física.São eles que inspiram a todos nós, nesse dia, que sempre será dos vivos, todos os dias, eternamente, na terra ou além dela...Sim, estamos aqui reunidos, mais uma vez, em nome da luz e da vida.Morte? Conversa fiada!O que existe mesmo é a vida chamando todos nós, a todo instante, o tempo inteiro, agora e sempre...


Paz e Luz.

Fonte:
Imagem: "Madre Teresa" Pintura a óleo - Sandra Honors

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Nefertari






Nefertari


A princesa, rica em louvores, soberana da graça, doce no amor, senhora das duas terras, a perfeita, aquela cujas mãos seguram os sistros, aquela que alegra o seu pai Ámom, a mais amada, a que usa a coroa, a cantora de belo rosto, aquela cuja palavra dá plenitude. Tudo quanto pede se realiza, toda a realidade se cumpre em função do seu desejo e conhecimento, todas as suas palavras despertam alegria nos rostos, ouvir a sua voz permite viver.

Imagem: "Rainha Egípcia" Sandra Honors
Honors Design - Temas voltados ao Universo Feminino e a Espiritualidade - Arte Mística

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Reflexão sobre a vida animal



PARA OS ANIMAIS NÃO-HUMANOS NÃO HOUVE SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. POIS A PRIMEIRA JAMAIS TERMINOU...

Um ser humano que viver 70 anos terá sido testemunha direta ou indireta, durante sua vida, do massacre cruel e desnecessário de mais de quatro trilhões de animais.

ASSASSINATOS DE ANIMAIS POR ANO (Números oficiais. Estima-se que na realidade possa haver até o dobro de mortes anuais):
30 bilhões para experimentações científicas
30 bilhões para alimentação
400 milhões para caça esportiva
120 milhões para a indústria da moda
40 milhões para controle de zoonoses

UMA GUERRA POR MINUTO:
4,2 trilhões de animais em 70 anos de vida
60 bilhões de animais por ano
5 bilhões de animais por mês
1,25 bilhão de animais por semana
178 milhões de animais por dia
7,5 milhões de animais por hora
125 mil animais por minuto
2 mil animais por segundo.


Por um mundo vegetariano. Pelas pessoas. Pelos animais. Pelo planeta.

Extraído da Revista dos Vegetarianos, ano 1, número 12.
Imagem: "Tigre" Pintura a óleo - Sandra Honors
Temas voltados ao Universo Feminino e a Espiritualidade - Arte Mística

O Amor






Amor para as diversas tradições


Assim como são diferentes as cores de um arco-íris, a primeira cor que nos revela o budismo é que o amor pode ser ua compaixão. Um estado de consciência não fixado sobre um objeto particular. Sob todas as circunstâncias o importante é permanecer capaz de amar.


A arte de amar no budismo será um trabalho a realizar em nossos pensamentos, em nossas projeções e em nossas ilusões. Será necessário deixar emergir este amor feito de calma, um amor não apenas de pulsão e de carência mas de uma plenitude de paz. Desenvolver o que poderíamos chamar um a priori de benvolência. Reencontrar nossa bondade natural. "Desfranzir-nos", transformar as garras de nossas mãos em carícias.


Os chineses poderiam nos ajudar a desenvolver o sentido da harmonia, passando do contrário ao complementar. Em vez de ver o outro, o que ele pensa ou diz, como qualquer coisa oposta a nós, vê-lo como complementar, como um ponto de vista que vem enriquecer nosso ponto de vista. Isso, em verdade, requer maturidade, não ter medo da diferença. A diferença enriquece a minha visão de mundo. Em um campo não há flores apenas de uma só cor e as diferentes cores nos permitem fazer um belo ramalhete. Harmonizar sua cor, seu pensamento, seu ponto de vista, com outra cor, com outro pensamento, com outro ponto de vista, é também amor.


A Índia poderia nos ensinar a desenvolver em nós o sentido do sagrado que existe em cada coisa. Amar a sabedoria do feminino na mulher, amar a sabedoria do masculino no homem, amar a presença do Criador na criatura, amar o oceano em todas as ondas. Esta atitude poderia dar profundidade a nossos atos de amor. Quando tocar alguém, não tocar apenas um corpo, mas tocar um ser humano, um sopro cósmico, porque a Grande Vida está presente neste rosto que me olha. Quero, neste caso, reconhecer a persença divina no outro. Como no budismo, a arte de amar na Ìndia é a arte da meditação, a arte da atenção e da visão profunda.


A Grécia pode também nos ensinar a amar. Aceitar que só conhecerei a mim mesmo através do outro. Meu modo de amar e de reagir ao outro me revela a mim mesmo. O outro é, também, meu espelho. Não há verdadeiro conhecimento de si mesmo que não passe pelo outro. Assim, antes de querer se doar é preciso ter-se encontrado. Antes de ir além do Ego é preciso ter um.Quando digo que amo alguém o que é que eu amo, oque é que ama em mim? Freqüentemenete são nossos inconscientes que se encontram. Muitas vezes ocorre o casamento de dois inconscientes. Para tornar-se sujeito há um longo caminho a percorrer. Como diz o poeta Rilke, o amor é constituído por "duas humanidades que sse inclinam uma diante da outra".


A arte de amar no judaísmo nos traz a consciência de que nossos amores humanos são uma participação no ato criador de Deus. Lembra-nos que o outro não é apenas um meio de conhecimento de nós mesmos. O outro é a revelação de uma transcendência.

A tradição judaica adiciona o respeito ao amor. Nem idolatria nem desprezo, porque temos sempre tendência a um dos dois ou amobs. Mas um caminho do meio, pois o respeito é uma dimensão muito nobre do amor e é o que dá nascimento à Ética.


Para Kant, a Ética consciste em nunca fazer do outro um meio. O outro não deve ser, jamais, um meio que eu possa utilizar para chegar a um fim. Ele é um fim em si mesmo, e'um sujeito, não é um objeto. Portanto, nesta tradição, a arte de amar é, realmente, um sentido do outro enquanto sujeito. É também uma lembrança de que a sociedade que podemos construir não será uma bela máquina cujas molas estarão sempre perfeitamente lubrificadas, mas uma assembléia de pessoas que, sem cessar, estarão aprendendo a amar.


O cristianismo nos convida a esta liberdade que se encontra na paralavra Ágape, o amor na superabundância, o amor de grauidade. Mas antes de conhecer este tipo de amor, existirão em nossos amores necesidades, solicitações, desejos, sempre com uma orientação em direção a uma maior autonomia e uma maior liberdade. Uma liberdade de amar o outro em sua diferença, de amar o divino no outro, de amar o outro como a mim emsmo, reconhecendo-me nele.O amor do Si, o amor a Si e o amor do outro não estão separados.


As diferentes tradições insistem mais em um ponto que em outro e cabe-nos fazer a síntese, alargar nossa paleta de cores do amor. Não podemos negigenciar nenhuma cor, nem o instinto nem o êxtase, nem o céu nem a terra. Unir não quer dizer misturar. Distinguir não quer dizer separar.Cristo diz: "Você amará!" Esta palavra não é uma ordem, não é um mandamento no sentido habitual do termo, é uma espernaça. É um devir. Hoje você não ama, você ama mal ou ama apenas uma parte de si mesmo. Tavlez um dia e dia após dia você amará com todo o seu coração, com todo seu espírito e com todas as suas forças.


Todas as culturas, todas estas tradições, enriquecem nossa visão do amor. Amar é tudo isso junto. Sem cessar temos que alargar nossa paleta de cores a fim de chegar ao conhecimento do arco-íris, em um longo caminho. E podemos desejar uns aos outros uma boa viagem, lembrando-nos que, se devemos morrer um dia, não morreremos sem ter vivido e, se quisermos, não morreremos sem ter amado.


Extraído de:


O Cântico dos Cânticos


Uma Arte de Amar para os Nossos tempos de Jean-Yves Leloup

Imagem: Mulher - Honors Design - Sandra Honors
Temas voltados ao Universo Feminino e a Espiritualidade - Arte Mística