Um ponto -
talvez um centro
em permanência de tranquilidade
para a noite inteira.
Um ponto
extremo interno. Um pequeníssimo ponto
invulnerável
de estabilidade total- nascido como? - fruto do espaço limpo,de aberta aderência livre, desocupada,do descanso de ser até ao fundo simples,de completa entrega?
Um ponto nu inabitado branco
de intocável serenidade,fixo como um nervo e imponderável,de fim inicial,ponto de respiração,clareira de estar,abertura central viva,praia de ser e nada-
mas apenas um ponto, um puro ponto
contra a noite inteira,contra o frio,contra a destruição.
Ponto de união
Ponto de união
de paz coextensa à noite,opaco e diáfano nóde desenlace perfeito.
Nó de água da água mais nua.Ninho interno do espaço.Pequena lua essencialnum horizonte de segura paz.
Ponto, em ti descanso,certeza do mundo e de mim
Nó de água da água mais nua.Ninho interno do espaço.Pequena lua essencialnum horizonte de segura paz.
Ponto, em ti descanso,certeza do mundo e de mim
em ti, dentro da noite,atinjo o equilíbrio actual e puro.Ponto, antes do início,de ti a ti, em mim,pulsação lisa e leve,suave motor da terra,a pacífica respiração do óasis.
Ponto
Ponto
de universo fixado
onde atingi a consistência dócil
de permanecer entregue,plenitude,plenitude abrigada
na navegação nocturna.
Um ponto vazio,plenamente vazio.
(A Pedra Nua, 1972)
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mais poemas dele em http://nescritas.nletras.com/arrosa/
Um ponto vazio,plenamente vazio.
(A Pedra Nua, 1972)
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Imagem: "Sacerdotisa" Arte digital - sandra Honors
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