Currículo

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Lei da Atração




O que é a Lei da Atração?


Como ela funciona?


omo ela pode influênciar minha vida?


Como utilizá-la?



Talvez estas sejam algumas das perguntas que esteja passando por sua mente quando acessou esta página, pois bem, então vamos nos dedicar a respoder todas estas questões em forma de um curso que desenvolveremos ao longo de mês de Maio e aos poucos disponibilizaremos neste site.
A Lei da Atração, antes de um modismo ou fenômeno editorial, é um conhecimento muito antigo, praticado por centenas de pessoas que consciêntes ou não, conseguiram o sucesso através de um princípio básico. Pedir, acreditar e receber. Simples, não? Se é tão simples, como não pensei nisso antes?
Você pensou, pode ter certeza disto, só não fez consciência desta lei. Nosso objetivo neste curso é justamente este, tornar a lei da atração um fator consciênte e presente em seu dia-a-dia, durante toda sua vida.
Tudo o que pensamos, falamos ou desejamos se manifesta em nossa mente (universo interior) e ao nosso redor (universo exterior), por isso dizemos, “Seu desejo é uma Ordem!”. Aqui encontramos o poder do verbo criador que cristaliza o pedido em realidade de acordo com a força e fé com que o pronunciamos.
Entenda a lei da atração como um imã que atrai metais. Mas você é um imã especial, que atrai qualquer coisa, seja material ou espiritual, você é um imã com uma enorme força atrativa, com potência além de sua imaginação, só que apenas 1% ou menos desta força está ativa. Então o SEGREDO é ativar esta força gradativamente até atingir seu poder total, este é o objetivo de nosso curso, e esta será sua meta ao estudar conosco.
Então, o primeiro passo é praticar. Concentre-se naquilo que você mais deseja a curto prazo! Visualize isto acontecendo! Respire fundo e dê sua ordem ao UNIVERSO!
“Meu desejo é ........!”

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Os Segredos do Xamanismo


Os segredos do xamanismo

Rita Fernandjes











Entrevista publicada no Diário da Região, São José do Rio Preto 11/11/2007


O ser humano precisa se conectar consigo mesmo para descobrir sua natureza interna e ter condições de cuidar da sua saúde e do mundo em que vive. “Assim se aplica o Xamanismo”, afirma o xamã Sthan Xanniã, líder de cerimônias e terapeuta holístico e vibracional. Índio da aldeia Tupiguara, no Ceará, Sthan Xanniã diz que o homem faz parte da natureza e, por isso, precisa deixar de lado o processo robótico de acordar, trabalhar e voltar para casa para redescobrir sua ecologia interna. “Olhe no espelho, dê bom-dia a si mesmo. Veja como está o seu corpo, respire corretamente - hoje as pessoas respiram para sobrevivência e não para estar vivendo”, diz. Segundo ele, a conecção com o “eu” proporciona autoconhecimento e percepção da origem do problema, que pode ser físico, emocional, mental ou espiritual. Leia abaixo a entrevista de xamã Sthan Xanniã à Revista Bem-Estar.


Bem-Estar - Qual é o principal objetivo do xamanismo?

Sthan Xanniã - O xamanismo busca a grande cura a partir das relações claras - que é a fala, o diálogo. Mas, só há cura se a pessoa for feliz, se sentir dentro do coração. Por exemplo: na vida profissional, o trabalho somente será real se a pessoa se sentir bem (gostar do que faz). A pessoa que faz o trabalho num processo mecânico, fica agoniada, querendo sair, arranjar algo melhor. Ela não rende.


Bem-Estar - Como o xamanismo pode ser aplicado na nossa vida?

Xanniã - O xamanismo é um conhecimento de 5 mil anos. É a técnica de cura - forma de viver dos povos nativos (os índios) e de todos aqueles que viviam em perfeita harmonia com a natureza. Estamos falando das raças branca, negra, amarela e da raça vermelha. São as quatro raças matrizes da humanidade. O xamanismo reúne técnicas que vão da fitoterapia, à cura com as mãos, com o canto, dança, meditação, o som do tambor, o som do chocalho, das flautas.


Bem-Estar - O tratamento varia de acordo com o problema ou com a pessoa?

Xanniã - De acordo com a pessoa e com o problema. O xamanismo vai trabalhar principalmente o que chamamos de poder pessoal, que é toda energia de reação que a pessoa tem durante a vida. Então, de repente a pessoa está com problema de auto-estima, depressão, nostálgica, triste, sem ânimo para a vida. Vamos mexer nessa base que envolve a questão dos instintos. Quando nós nascemos, contamos basicamente com os instintos - a criança sente o cheiro da mãe que se aproxima, por conta do leite. Está com o olfato, audição e paladar aguçado. Resgatamos esses instintos para que a pessoa tenha poder de reação.


Bem-Estar - As pessoas perdem esses instintos ao longo dos anos?

Xanniã - Ao longo dos anos, principalmente por conta de pressões e pelo diálogo - a comunicação em família tem grande influência. Dentro do xamanismo, muitas pessoas resgatam os valores da família porque enfatizam a importância do diálogo, da comunicação com clareza entre pais e filhos. A pessoa descobre quais são os valores que proporcionaram tal educação (ou falta de educação ou falta de diálogo) e o quanto interferem no processo do dia-a-dia. Também entram as referências masculina e feminina. A gente nota que mulheres que não tiveram muita comunicação com a mãe (um diálogo aberto), geralmente, vão enfrentar um desafio maior diante do seu feminino, ou seja, em se colocar, se posicionar, em relação à auto-estima, os sentimentos e as sensações. Os homens são inseguros por conta dessa comunicação. Esse é o poder pessoal.


Bem-Estar - Como podemos praticar o xamanismo no dia-a-dia?

Xanniã - Uma coisa muito importante que trabalhamos é o rito das quatro estações. Temos duas viradas importantes, que são os solstícios (inverno e verão) e equinócios (primavera e outono). De três em três meses a nossa vida muda. Isso é inerente à pessoa acreditar ou não, porque se trata de contexto de natureza e nós fazemos parte da natureza. No verão, o nosso corpo pede uma alimentação. No inverno, pede outra. Na primavera outra e no outono, outra. Tal qual as fases da lua, que mexem com os líquidos do nosso corpo. A partir do momento em que a pessoa descobre a forma que essa natureza atua em si, começa a aproveitar de maneira natural essa conspiração. O corpo pode pedir para a pessoa se recolher um pouquinho, então faça uma avaliação. Muitas vezes, nesse momento, a pessoa quer expandir e, sem querer, vai contra esta conspiração da natureza. O corpo diz que a pessoa está muito estressada, que precisa parar, precisa se enxergar, precisa ver de que maneira sustenta a si mesma, quais são as suas bases de segurança, onde estão os seus valores. Você é resultado de quê? Qual é a sua vontade? Você só está fazendo o que os amigos esperam, o que seus pais esperam, o que o marido espera, o que a mulher espera? Onde está você dentro disso? De que maneira você lida com seu espaço sagrado? O que é sagrado para você? Você está vivendo ou está sobrevivendo?


Bem-Estar - Como são definidos os espíritos de cada estação do ano?

Xanniã - A primavera é o nascimento das flores, então é o nascimento da criança. É época de plantio, de quem gosta de coisas novas. Inovação. O verão é a criança madura, por isso está associado ao adulto. É época de administrar, pontuar as situações, se relacionar com as pessoas, procurar coisas mais construtivas. O outono é processo que está associado à maturidade, ou seja, àquela pessoa de 50 anos. No outono as folhas caem, então representa uma boa estação para avaliar o que se está fazendo da vida, o que é seu e se está carregando coisas dos outros. O inverno é o ancião de 80 anos. É a própria introspecção, que é fazer o recolhimento para analisar o que foi positivo e negativo. Podemos dizer que verão é masculino, outono é feminino, primavera é a criança e o inverno é o sábio. A gente analisa sempre essas quatro qualidades dentro do ser humano: seu lado masculino, feminino, seu lado criança e o lado ancião (sabedoria). A gente precisa desses quatro elementos.



Bem-Estar - Como são as quatro importantes cerimônias que realizam?

Xanniã - Fazemos a ‘Busca da Visão’, que é a meditação nas montanhas. São quatro dias em cima da montanha para a pessoa aprender a conviver consigo mesma, aprender a lidar com seus valores, a maneira como olha o mundo. É enxergar a si mesmo. De que maneira lida com a sua vida. Você consegue viver o presente ou fica constantemente no futuro, preocupado com o que vai fazer - deixa de interagir consigo mesmo? O outro é a ‘Tenda do Suor’ ou ‘Sauna Sagrada’. É uma cerimônia feita com pedras quentes, numa cabana. Há a queima de ervas e a pessoa passa por uma desintoxicação, que trabalha físico, emocional, mental e espiritual. A tenda representa o ventre. Pessoas que tiveram problemas com parto, no nascimento, infertilidade, depressão, auto-estima, dúvidas, receios, medos. A terceira cerimônia é a ‘Roda de Cura’, um oráculo natural baseado nas quatro estações. Conforme essas estações, a gente aprende a fazer uma leitura de como é o nosso ritmo de vida. A pessoa percebe de que maneira se relaciona com pai, mãe, companheiros, onde estão as inseguranças. Nessa cerimônia, a gente aprende a contar a nossa própria história. Fatos que estão esquecidos são relembrados e a pessoa lida com os traumas que refletem no presente, gerando insegurança, medo. A gente aprende a fazer uma leitura no próprio caminho. Não sou eu (Xamã) quem fala, mas a pessoa que identifica o que está acontecendo com ela. Esse é o diferencial. A quarta cerimônia é a parte de ‘Bebidas Sagradas’, em que entra o aiuasca e jurema - plantas que fortalecem o sistema imunológico, atuam diretamente de forma a levar a pessoa a um estado de percepção ampliada, onde dentro desse campo de percepção, ela vai ser levada por ela mesma (a partir do som, da música) a compreender a forma como está lidando com a própria vida, porque segue determinado caminho. Dentro desse movimento, a pessoa faz uma análise e compreende onde estão os nós, ou seja, onde é que está travado. Mulheres que participam dessa cerimônia - geralmente com problemas de reposição hormonal, tireóide, cisto, tumores - começam a ter uma relação com o feminino. Dentro dessa cerimônia, é possível perceber a forma de lidar com o problema. Não é um passe de mágica. Ocorre a percepção.



Bem-Estar - Então a cura vem por meio da percepção do problema?

Xanniã - A percepção ocorre nas cerimônias, mas também existem os tratamentos. Quando a pessoa me procura, faço uma avaliação dela: qual o histórico de vida, como se relaciona, onde está somatizada na memória muscular. Muitas vezes aquela questão está presa na memória muscular e eu vou acessar e liberar aquilo, seja por meio de massagem, canto, da fitoterapia, óleos essenciais. Eu trabalho muito em parceria com médicos, que me mandam as pessoas que precisam de um up grade, de renovação, conscientização. Ver a forma que caminha, que fala, que se coloca, de onde nasce a depressão. A gente não trata o problema, mas a origem do problema. Vamos ensinar a pessoa a lidar com a sua estrutura. Então faço avaliação do físico, emocional, mental e espiritual. Geralmente eu fico no campo físico, mental e emocional. Espiritual eu não entro muito porque está relacionado ao sistema de crença.



Bem-Estar - O tratamento espiritual varia de acordo com a crença da pessoa?

Xanniã - Do espiritual varia. Por exemplo, às vezes a gente nota que há problemas espirituais, como maldição de família. Não é porque sua tataravó, bisavó, avó e mãe tiveram determinada doença, que você também terá. A forma como este padrão de doença vem na família também é investigado.



Bem-Estar - Qual o poder de um Xamã?

Xanniã - Xamã é um título, como o de médico. É o pajé. Pajé e Xamã são a mesma coisa. Além de fazer os tratamentos e ajudar nas curas, também entra em contato com o mundo dos espíritos para se aconselhar. Trabalhamos de forma integrada à natureza e colocamos as pessoas como parte integrada da natureza. Diante disso, os nossos valores estão justamente em fazer com que as pessoas cuidem da natureza e do planeta, ou seja, se você violenta o seu corpo (não cuida bem da saúde) de que forma vai conseguir cuidar da natureza? Se você não cuida bem da sua natureza, não tem como cuidar da natureza externa, do planeta. Hoje colocamos a importância da pessoa aprender a cuidar da sua natureza interna para ter condições de cuidar da natureza externa. Como começa a ecologia? Primeiro eu cuido do meu corpo, depois eu cuido da minha casa, cuido do meu bairro e vou cuidando. Essa já é uma maneira da pessoa praticar o xamanismo.


Bem-Estar - O senhor acha que hoje as pessoas não olham a beleza da Criação Divina?

Xanniã - Não olham porque estão desconectadas delas mesmas, portanto, não podem estar conectadas à natureza? Só vão apreciar uma beleza, mas não vão sentir aquela beleza. É a diferença de alguém que gosta para alguém que ama.



Bem-Estar - É por isso que o homem não está em harmonia com a natureza?

Xanniã - Exatamente. Porque está desconectado dele mesmo. A pessoa pode começar a praticar o xamanismo se espreguiçando ao acordar, sentindo seu corpo. Olhe-se no espelho. Esse é o movimento que a gente procura trazer para as pessoas. Todo esse conhecimento nativo está sendo adequado aos tempos modernos, porque hoje não dá para visitar uma aldeia. Saia desse processo robótico, que é acordar, trabalhar e depois voltar para a casa e assim por diante.



Bem-Estar - É esse processo robótico que causa a desconecção do homem com a natureza?Xanniã - Sim. É isso que causa a desconecção. Hoje os cientistas já falam que a Terra é um ser vivo: ela respira, ela pulsa.



Bem-Estar - Se isso não mudar agora, o que deve acontecer no futuro?

Xanniã - A tendência é o que já está acontecendo: derretimento das geleiras. Em Campos, no Rio de Janeiro, o mar já invadiu aquela parte. O nível do mar está subindo. As pessoas cada vez mais estão com problemas respiratórios. A tendência é só piorar. Então, se a gente ajuda a pessoa a se avaliar, se perceber, perceber o seu valor, sua estrutura, essa reconecção consigo, ela terá uma boa referência do que é cuidar da natureza.



Bem-Estar - Como o senhor se tornou um Xamã?

Xanniã - Sou índio da aldeia do tupiguara, no Ceará. Nasci e me criei onde a minha avó era pajé da tribo. Ela me passou esse conhecimento. Depois, com 17 anos, fui morar com os Navajos, nos Estados Unidos - Novo México, na cidade de Albuquerque. Fiquei lá por dois anos e fiz o treinamento de liderar cerimônias, de ajudar o ser humano a resgatar a sua plenitude.

fonte:http://sthanxannia.multiply.com/journal/item/26/Os_Segredos_do_Xamanismo
Imagem: Honors Design - Sandra Honor - Temas voltados ao Universo Feminino e a Espiritualidade
informações (11)8632 2158

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Resgate do Feminino



Escavações arqueológicas e relatos históricos evidenciam que, o papel da mulher nas sociedades arcaicas era imensamente diverso deste que veio a assumir com o início do cristianismo.
Antes da supremacia da racionalidade e do patriarcado, a mulher era a figura central nas sociedades arcaicas, ao redor da qual regras e valores majoritariamente se estabeleciam. As relações de parentescos, por exemplo, eram determinadas pela matriarca das famílias. Em épocas em que a terra era cultuada como fonte da vida e da prosperidade o ser humano estabelecia uma relação de respeito profundo com seus ciclos, pois essas sociedades arcaicas dependiam principalmente de seus frutos para sua sobrevivência.
Nossos mais remotos ancestrais procuravam ordenar suas vidas e o mundo através da observação destes ciclos da natureza; encontravam na vida externa uma ordenação sagrada para sua própria vivência interna. Passando a compreender que aquilo que se mostra ao redor esta em ressonância com aquilo que vivenciam em seu interior. Ou seja, o microcosmo reflete as ordenações cíclicas do macrocosmo.
Diante desta realidade não fica difícil imaginar o motivo das mulheres serem cultuadas em Vênus cuidadosamente esculpidas ou o de terem seus órgãos genitais expostos em alguns templos religiosos do oriente.
Ao feminino cabe colocar em marcha o principio da criação; a gênese inicia-se em seu ventre. Assim, a mulher é o centro e no ventre está seu maior poder, o poder de gerar.
O ventre é simbolicamente representado pelo jarro, pela taça sagrada, pelo caldeirão alquímico de onde a vida tem início. Além disso, sua estreita relação com os ciclos periódicos da natureza aumenta o mistério que permeia o feminino, como a lua e as marés, está em constante transformação. Seu sangue a renova, a purifica, a vivifica e, principalmente, cria um contato único com a Mãe Terra.
Sem a pretensão de aprofundar-se no tema, mas a título de seqüência histórica, temos o início e a difusão do cristianismo. Marco histórico em que o poder do feminino passa a ser punido, pois agora o homem cinde os valores terrenos dos espirituais, criando um abismo entre o simbolismo do céu (patriarcal) e da terra (matriarcal), onde tudo que a esta estivesse relacionado seria subjugado às mais escuras masmorras do inconsciente. A mulher passa a ser a representação daquilo que o homem teme: a sexualidade, o carnal, o material, a magia e a obscuridade dos sentimentos.
São caçadas, são mortas e condenadas. Os homens caçam, matam e condenam a si mesmos. Projetam no exterior aquilo que não conseguem entender dentro deles mesmos, sentem que seus ideais religiosos e morais podem ser destruídos frente a tais tentações, frente à tentação da comunhão entre os aspectos contraditórios de sua própria personalidade.

Do Sagrado faz-se um abismo, separação entre alma e carne. Entre masculino e feminino. Entre sagrado e profano. Entre o homem e a sua completa humanidade.

Autores como o psicólogo Carl Gustav Jung defendem que no inconsciente de cada pessoa repousa a história de toda a humanidade, assim, nossas ações e nossos anseios não apenas relacionam-se com nossa própria história de vida. Em cada escolha que fazemos subjaz a centelha de toda nossa ancestralidade, todo percurso que até aqui descrevemos está, de certa forma, gravado em nossa memória.
Ainda tocando a superfície da contextualização histórica, avançamos para o advento dos movimentos feministas e ecológicos, que desencadearam uma revolução dos valores vigentes, principalmente nas sociedades ocidentais. Pouco a pouco o feminino retoma sua importância dentro do contexto histórico atual.
Neste momento da história estamos em meio a um processo de resgate, não apenas de valores, mas um resgate mais profundo. O resgate do sentido do Sagrado na mulher, do Feminino Divino que alenta cada respiração, cada movimento, cada intenção em seu Ser.
A mulher encontra diversas maneiras de celebrar esta união consigo mesma, e um destes caminhos pode ser construído através da vivência da dança. O dançar anima nossa alma, seus movimentos nos trazem a liberdade de Ser e sentir.
Diante disso, somos levados a compreender que a procura pela dança, mais especificamente a dança do ventre, não se dá de maneira aleatória ou apenas pela busca do bem-estar, mas sim como um profundo e arraigado anseio pela União consigo mesma, para o despertar do divino em cada feminino que dança e (re-) anima a si mesma.
Mover o ventre é mover a própria historia da humanidade, é trazer luz ao poder do feminino que fora acorrentado nas camadas mais obscuras de nosso inconsciente e do inconsciente coletivo. É ser o próprio recipiente da força e da exuberância da vida.

Mover o ventre é resgatar a inteireza de Ser da Mulher.
*

Sugestões de leitura sobre o tema:
AMAR, M. Dança do ventre, a mais feminina das artes. In http://www.aomestre.com.br/alt/ventre.htm

ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do estado. Brasil : Presença, 1976.
JUNG, C.J. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2000.


KARPINSKI, G.D. As sete etapas de uma transformação consciente: ritos espirituais de passagem. São Paulo: Pensamento, 1997.


TAYLOR, T. A pré – história do sexo: quatro milhões de anos de cultura sexual. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
Imagem: "Elemental" Arte Digital - Sandra Honors

Cântico das criaturas



Louvado sejas, meu SenhorCom todas as tuas criaturas. Especialmente o senhor irmão SolQue clareia o diaE com sua luz nos iluminaE ele é belo e radiante,Com grande esplendor:De ti, Altíssimo, é a imagem.
Louvado sejas, meu Senhor Pela irmã Lua e as Estrelas Que no céu formastes claras E preciosas e belas.
Louvado sejas, meu SenhorPelo irmão Vento.Pelo ar, nubladoOu sereno, e todo o tempoPelo qual às tuas criaturas dás sustento.
Louvado sejas, meu SenhorPela irmã ÁguaQue é muito útil e humildeE preciosa e casta.
Louvado sejas, meu SenhorPelo irmão FogoPelo qual iluminas a noiteE ele é belo e jovialE vigoroso e forte
Louvado sejas, meu SenhorPor nossa irmã, a mãe TerraQue nos sustenta e governaE produz frutos diversosE coloridas flores e ervas.

São Francisco de Assis
Imagem:"Tigre" Arte Digital - Sandra Honors